- Parecer da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia afirma que o efeito da
sobre os calores da menopausa é praticamente nulo (comparável ao placebo); ela também não age sobre outros sintomas do climatério, como ressecamento vaginal e mudanças de humor
- Apesar de ser saudável para o coração (com pouca gordura saturada e muita quantidade de fibras, por exemplo), a redução que a
provoca no "colesterol ruim" (LDL) tem se mostrado muito pequena; além disso, ela não reduz os triglicérides nem a pressão arterial e não aumenta o "bom colesterol" (HDL)
- Sociedades médicas de países como Inglaterra, França e Nova Zelândia pedem cautela na hora de dar fórmulas infantis à base de
para bebês, alegando que não há estudos que provem a segurança do alimento para crianças pequenas (principalmente por causa da presença de fitoestrógenos)
, inibem uma enzima importante para a produção do hormônio da tireóide; por isso, quem tem tendência ao hipotireoidismo deveria ter cautela ao consumi-la
tenha papel preventivo contra nenhum tipo de câncer; alguns estudos sugerem que o alimento pode interferir no tratamento contra câncer de mama, e há médicos que não recomendam o consumo do alimento para pacientes que tomam certos remédios, mas isso tampouco é um consenso
tem agentes antinutricionais que dificultam a absorção de minerais como ferro e zinco; em geral, com o aquecimento e o processamento pela indústria, esses fatores diminuem, mas não são totalmente eliminados; por isso, gestantes, crianças e outros grupos que precisam de grande aporte de minerais não deveriam consumi-la em exagero
é menos rico em cálcio do que o leite de vaca, sendo recomendada a ingestão desse produto enriquecido com o mineral
FONTES: American Heart Association; Comitê de Nutrição da Sociedade Européia de Hepatologia, Nutrição e Gastroenterologia Pediátrica; Mike Fitzpatrick, pesquisador neozelandês; Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia; Vladmir Cordeiro de Lima, oncologista clínico do Hospital do Câncer
Por que consumir produtos de
soja em uma terra que produz em abundância grãos-de-bico?
A
soja é naturalmente tóxica, pois contém antinutrientes e substâncias que alteram nosso equilíbrio hormonal, e ainda no seu processamento acrescenta-lhe outros venenos. Além disso, é em sua maioria transgênica, contém mais pesticida tóxico e é um experimento feito a despeito de nossa saúde. Há algum tempo assistimos uma promoção sem precedentes dos produtos a base de
soja, não como antes, no campo da "nova era", do ecologismo, naturismo, vegetarianismo, veganismo e outros ismos. Assistimos a uma intoxicação maciça que canta seus benefícios em todos os meios de comunicação. A TV vende como "audiência" aos fabricantes e industriais. Como se fosse pouco, as farmácias, os herbanários e médicos naturalistas atuam como correias de difusão dessa infame propaganda. Provavelmente nenhum outro produto alimentício tenha tantas empresas de relações públicas e publicidade trabalhando em sua promoção. A
soja já está presente de maneira explícita e implícita em mais de 60% dos mantimentos dos supermercados nos Estados Unidos. A FDA, o organismo mais importante do mundo de controle de alimentos e drogas aceitou incluir na etiqueta de alguns produtos os benefícios que a
soja trás para a saúde, apesar dos protestos de alguns de seus membros. A
soja está sendo introduzida cada vez mais na alimentação infantil, ocultando seus graves efeitos negativos, especialmente importantes sobre as crianças alimentadas com preparados de
soja que gozam, graças a eles, de mais do dobro de enfermidades auto-imunes da tireóide.
BENEFÍCIOS OU MALEFÍCIOS DA
SOJAPERGUNTAS E RESPOSTAS:
1- A
SOJA É USADA A MILHARES DE ANOS NO ORIENTE.
Falso e Verdadeiro.
A
soja pertence à família dos legumes, possui a mesma capacidade de sua família que é captar o nitrogênio da atmosfera nos nódulos de suas raízes com a ajuda de bactérias. Na China, a
soja foi plantada durante séculos, prioritariamente, com este fim: repor o nitrogênio,favorecer a rotação dos cultivos e não para consumi-la. Um estudo do uso histórico da
soja na Ásia mostra que só foi usada pelos pobres; quando não tinham nada que comer, consumiam feijão de
soja e os preparavam cuidadosamente (fermentação) para destruir todas as toxinas. De acordo a K C Chang, editor da "Cultura Chinesa", na China em 1930, o total de
soja consumido na dieta era de 1.5% em comparação ao porco que era de 65%. A indústria da
soja diz que "as fórmulas de
soja são saudáveis, já que as crianças asiáticas consumiram-na durante séculos". Inclusive se atreve a dizer que "as fórmulas de
soja são melhores que o leite materno" o mesmo que a multinacional Nestlé fez com seu leite em pó, contra o mais elementar sentido comum, aos argumentos científicos que demonstram o contrário e, o mais grave, contra os bebês. Ao inverso, as fórmulas de suco de
soja raramente eram usadas na Ásia para alimentar as crianças. Ernest Tso é quem propôs a primeira dieta de suco de
soja para bebês nos primeiros 8 meses de vida. Escreveu no Chinese Journal of Physiology em 1928: "o suco de
soja é um alimento nativo usado em certas partes do país como bebida matinal, mas é pouco usado na dieta dos infantes. As propriedades nutritivas nos alimentos para crianças são praticamente desconhecidas". Em um escrito em 1930, o Dr. R.A. Guy, do Departamento de Saúde Publica da Faculdade de Medicina de Pekin, esclareceu que "nunca foi usado suco de
soja para alimentar as crianças em Pekin. Esta fórmula não se faz nas casas, mas é vendida nas ruas como uma bebida quente, rica em proteínas que é usada freqüentemente por anciãos em vez do chá. O suco de
soja, além de ser danoso para as crianças, é difícil de preparar”. Em outra publicação Guy mencionou o uso do suco de
soja para os bebês que não tivessem suficiente leite materno nos países em que não se encontra o leite de vaca. A informação das grandes quantidades de
soja supostamente consumidas na Ásia provém de uma pesquisa recente sobre 1.242 homens e 3.596 mulheres que participaram de uma verificação anual da saúde na Takayama City, Japão. A pesquisa mostra que os produtos mais consumidos foram queijos de
soja (tofu), feijão de
soja fermentado, suco de
soja e feijão de
soja fervido. A quantidade estimada de proteína de
soja consumida foi 8,00 ± 4,95 g/dia para homens e 6,88 ± 4,06 g/dia para mulheres.
2- A
SOJA É UM PRODUTO BIOLÓGICO.
Verdadeiro.
A
soja é sem dúvida um produto biológico, como a planta que se extrai o ópio ou a estricnina. A denominação de produto biológico é um álibi equivocado já que todos os produtos que saem da terra são biológicos, mas nem todos foram cultivados com os critérios da agricultura biológica.
3- A
SOJA É UM ALIMENTO QUE SUBSTITUI AS PROTEÍNAS DOS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL.
Verdadeiro e Falso.
As proteínas são constituídas por unidades elementares que são os aminoácidos. Dentre eles há alguns que são essenciais, quer dizer, que não podem ser elaborados pelo organismo e que, portanto, devem ser fornecidos pela alimentação. A
soja é muito rica em proteínas, mas é relativamente pobre no aminoácido saturado de enxofre cistina, precursor da cisteína, da glutamina e da taurina. Além disso, o processamento com alta temperatura tem o desafortunado efeito secundário de desnaturalizar a lisina e os outros aminoácidos. Este processo reduz ainda mais a cistina e em conseqüência a capacidade hepática de desintoxicação.
4- A
SOJA CONTÉM ÁCIDOS GORDUROSOS BENÉFICOS ÔMEGA 3.
Verdadeiro e Falso.
Os processos de elaboração da maioria dos produtos a base de
soja se desenvolvem em altas temperaturas que desnaturalizam os ácidos gordurosos poliinsaturados e produzem ácidos gordurosos trans-inativos.
5- A
SOJA TEM NUTRIENTES DE FÁCIL ASSIMILAÇÃO.
Falso, por vários motivos.
5.1 A
soja tem nutrientes de difícil assimilação como o Cálcio, o que pode levar a um desequilíbrio cálcico negativo, osteoporose. "A
soja induz uma acentuada descalcificação". Esta afirmação, certa quando se promove como alternativa ao leite animal, precisa ser esclarecida. A
soja se compara aqui em seu conteúdo de cálcio com o leite de vaca. Certamente a
soja é muito inferior quanto ao cálcio do leite de vaca. Mas aqui poderíamos entrar na polêmica sobre a necessidade e a toxicidade do leite de vaca. Embora se recomendem para a descalcificação na menopausa ambos os leites, podemos concluir que o melhor é não tomar, aumentar o exercício físico e ingerir outros minerais, como o magnésio, imprescindível para fixar o cálcio nos ossos.
5.2 É deficitária em vários elementos essenciais da nutrição.
- É deficitária em ferro, o que pode levar a anemia.
- É deficitária em vitamina B12. A vitamina B12 presente na
soja é um análogo inativo que não se utiliza e inclusive pode aumentar suas necessidades e bloquear a absorção da vitamina B12 ativa. Houve casos de bebês mortos por esta razão. Além disso, recordemos que a tripsina que permite assimilar a vitamina B12 é inibida pelos antinutrientes da
soja. E se por acaso fora pouco, recordemos que muitas dietas vegetarianas são deficitárias em vitamina B12.
- É deficitária em tiamina ou vitamina B1 e já se deram casos de bebês alimentados com fórmulas de
soja com beribéri grave.
- É deficitária no aminoácido lisina, como já dissemos.
5.3 Contém vários antinutrientes:
A. Contém inibidores de enzimas digestivas (inibidores da protease) como a tripsina e outros necessários para a digestão de proteínas.
Recordemos que a tripsina permite assimilar a vitamina B12. Os inibidores da tripsina e a hemaglutinina são também inibidores do crescimento. E os inibidores da protease foram acusados de provocar problemas pancreáticos. O Professor Irvin Leiner, perito em inibidores da protease, afirma: "os inibidores da tripsina da
soja representam na realidade um risco potencial para os humanos quando a proteína da
soja se incorpora na dieta".
B. Contém ácido fítico (hexafosfato de inositol), presente em um grupo de substâncias denominado fitatos (mais que em outras leguminosas) que estão presentes no farelo de cereais ou na casca de todas as sementes. Os fitatos são quelantes, quer dizer que podem unir-se a íons metálicos e bloquear a assimilação e a biodisponibilidade de minerais essenciais: cálcio, magnésio, cobre ferro e, especialmente, o zinco. Isto é particularmente grave nos bebês. Os fitatos são resistentes às técnicas de redução como o cozimento prolongado em fogo lento. O ácido fítico que fica nos múltiplos produtos de
soja processada (SPI) segue inibindo a absorção de poucos elementos. Em estudos experimentais com animais de laboratório alimentados com o SPI aparecem órgãos aumentados, em particular o pâncreas e a glândula tireóide, e alterações do metabolismo dos ácidos gordurosos no fígado.
C. Por outro lado comprovou-se que as fórmulas infantis com base na
soja podem conter até 200 vezes mais manganês que no leite de lactação natural. O excesso de manganês se acumula nos órgãos internos incluindo o cérebro e podem causar danos.
6- OS PROCESSOS DE ELABORAÇÃO DA
SOJA DESATIVAM SEUS ANTINUTRIENTES.
Falso.
Os antinutrientes só são desativados pela fermentação (shoyu - molho de
soja, missô – pasta de
soja, natoo – grãos de
soja fermentada). Contrários ao que se pensa os antinutrientes não desaparecem completamente no tofu (que não é
soja fermentada, mas sua elaboração se faz por precipitação com sulfato de cálcio ou de magnésio), nem pelo cozimento prolongado. Além disso, o uso de produtos processados da
soja (SPI) aumentou a demanda de vitaminas E, K, D, e B12, e criou sintomas de deficiência de cálcio, magnésio, manganês, molibdênio, cobre, ferro e de zinco.
7- A
SOJA É UM ALIMENTO SAUDÁVEL.
Falso
A
soja, mesmo quando não é transgênica, produz numerosas patologias documentadas na literatura científica há anos. Isto não é surpresa e a indústria da
soja não tem desculpas, já que sabia que ela é patogênica há dezenas de anos. Por exemplo, ela sabia que a
soja contém agentes bociogênicos há mais de 60 anos. Produz, demonstrativamente, um aumento de graves enfermidades que resumiremos a seguir.
A
soja produz:
7.1 Alterações alérgicas, especialmente em crianças, e casos de alopecia. A proteína da
soja se encontra em segundo lugar da lista de mantimentos que produzem alergias e produz 25% das reações graves.
7.2 Alterações do sistema nervoso. Envelhecimento acelerado do cérebro. Um artigo mencionado no dossiê perguntava se os fitos estrógenos apodreciam o cérebro? Não foi feita por nenhum repórter sensacionalista, mas sim por um investigador da USFDA do Centro Nacional de Investigações Toxicológicas. Menor função perceptiva, piores resultados nos testes e diminuição do peso do cérebro. Uma taxa maior que o dobro do Mal de Alzheimer, foi demonstrado em consumidores japoneses de tofu, como já informa na revista anteriormente. Um estudo realizado durante mais de 30 anos com 7.000 homens (Estudo de Exploração Epidemiológica do Hawai) demonstrou que o tofu acelerava a perda de peso cerebral em pessoas idosas e que quanto mais sojas ingeriam pior ficavam suas habilidades mentais. A
soja atuava como uma droga, não como alimento disse o Dr. L White, de Honolulu Aging Study.
7.3 Alterações de comportamento. Aumento da ansiedade, do estresse, diminuição dos comportamentos sociáveis, aumento do comportamento agressivo e, paradoxalmente, também do comportamento de submissão em animais alimentados com
soja. Que curioso! Exatamente o tipo comportamental de falta de solidariedade que promove o sistema.
7.4 Alterações do sistema imunológico. A genisteína tem efeito imunossupressor e produz alterações atróficas no timo. A exposição aos fitoestrógenos durante a gravidez e na lactação tem relação com a aparição de enfermidades auto-imunes nas crianças.
7.5 Alterações endócrinas. Em estudos que datam da década de 50, já se demonstrou que a
soja causa transtornos endócrinos em animais.
A - Alterações do pâncreas. O dobro das crianças alimentadas com fórmulas de
soja tem diabetes. Nota-se que há estudos que acusam a
soja de produzir diabetes desde, pelo menos, 1986.
B - Alterações da tireóide.
A
soja contém substâncias que debilitam a função da glândula tireóide. É bociogênica. A genisteína é um inibidor da peroxidase tireoidiana mais poderoso que os medicamentos normais antitireóideos. Tem-se descrito com:
-Aumento da TSH hipofisária em resposta a sua ação antitireóidea.
-Bócio difuso.
-Hipotireoidismo, com seus sintomas associados: constipação, letargia, fadiga, etc. Uma ação que por certo compartilha com o urinar e que é ignorada pelos usuários.
-Tireoidite auto-imune subaguda. As crianças alimentadas com fórmulas a base de
soja têm o triplo de enfermidades auto-imunes da tireóide, segundo um estudo do Departamento de Pediatria do Hospital Universitário Cornell de North Shore Manhasset, Nova Iorque.
-Câncer na tireóide. O Dr. Michael Fitzpatrick, cientista meio-ambientalista e investigador dos xenoestrógenos, considera que os produtos derivados da
soja podem aumentar o risco de câncer tireóideo. Encontrou-se bócio maligno nos animais experimentais alimentados com
soja.
O mecanismo destas alterações é conhecido e está descrito na literatura científica ortodoxa: As isoflavonas da
soja inibem a peroxidase tireóidea (TPO) necessária para fabricar hormônios tireóideos T3-T4. Uma delas, a genisteína, causa dano irreversível às enzimas que sintetizam os hormônios da tireóide, inibe as reações catalisadoras da peroxidase tireóidea.
C - A
soja contém fitoestrógeno. Sua ação pode combinar com outros disruptores endócrinos e xenoestrógenos (para agravar a interferência com os mecanismos endócrinos naturais) responsáveis por:
-Alterações nos hormônios sexuais.
-Alterações do comportamento sexual, como por exemplo, menor receptividade nas fêmeas e diminuição da libido.
-Aparição da puberdade precoce. Desenvolvimento de seios e pêlo púbico em 48.3 % de afro-americanas de 8 anos, e há casos em que isto acontece aos 3 anos.
-Anormalidades congênitas no trato genital masculino.
-Diminuição da fertilidade. Em diversos animais se observaram efeitos sobre a reprodução, com aumento da infertilidade, além de enfermidades do fígado. A diminuição da fertilidade afeta a ambos os sexos.
-Diminuição de andróginos, da testosterona, do número de espermatozóides, aumento da próstata, e diminuição dos testículos.
-Além disso, há provas de que as isoflavonas da
soja, genisteína e daidzeína, são genotóxicas para o esperma humano.
7.6 Aumento de má formação no nascimento como criptorquia, hipospádias, espinha bífida, pernas disformes ou ausência de algum órgão e de abortos.
7.7 Alterações do material genético.
Tem-se descrito alterações dos mecanismos reparadores naturais das aberrações cromossômicas e outras alterações negativas do DNA. Isto nos leva a outra das mentiras sobre a
soja.
8- A
SOJA PREVINE O CÂNCER.
As mulheres asiáticas têm menos câncer de mama porque consomem
soja em lugar de proteínas animais.
Falso.
A
soja NUNCA foi um substituto das proteínas animais e é utilizada de maneira diferente e moderadamente. Na Ásia a
soja é consumida, na maior parte das vezes, como alimento fermentado, o que minimiza seus antinutrientes. É só um complemento alimentício utilizado fundamentalmente como condimento em forma de molho de
soja e em outros produtos fermentados que não se comercializam nem são usados no Ocidente (missô – pasta feita da
soja, shoyu – molho de
soja, natoo – grãos fermentados de
soja).
Além disso, há muitos outros fatores que não consideram simplistas os estudos que atribuem ao suposto consumo de
soja a diminuição do câncer nas mulheres orientais. Por exemplo, um fator preventivo do câncer é o elevado consumo de algas na dieta japonesa. As algas Nori, Kombu, Wakame contêm vitaminas, fibras e proteínas. As duas últimas (as marrons), além de poderosos antioxidantes, possuem uma ação antibacteriana. Outro fator é o elevado consumo de ácidos graxos poliinsaturados provenientes do peixe, precursores da fabricação das prostaglandinas pacificadoras, como as denominavam a Dra. Kousmine, que são estimulantes da imunidade anticâncer. O consumo excessivo de
soja não só não previne o câncer, mas também pode provocar os cânceres ginecológicos e tireóideos.
Tem-se descrito na literatura científica devido ao consumo de
soja:
- câncer de pâncreas,
- maior taxa de câncer e leucemia infantil,
- maior risco de desenvolver câncer de mama,
- aumento de cânceres da vulva,
- aumento do risco de câncer na glândula tireóide,
- aumento da incidência de hiperplasia endometrial, estágio precursor do câncer de útero.
Além de tudo isso, no processamento da
soja industrial:
- a solução alcalina produz lisinealina (que é um cancerígeno).
- os solventes utilizados deixam resíduos cancerígenos como o hexano.
- as altas temperaturas do processamento favorecem a formação de compostos cancerígenos e anulam a atividade dos ácidos graxos poliinsaturados a partir de 40 graus. A
soja transgênica tem maiores níveis de estrogênios que a
soja natural, portanto seus produtos derivados serão ainda mais tóxicos.
9- A
SOJA REDUZ OS PROBLEMAS DA MENOPAUSA.
Falso.
Esta afirmação apóia-se no fato, até certo ponto correto, de que as mulheres asiáticas têm menos sintomas ao chegar à menopausa. Mas atribuir isto à
soja é outra história... E isso é o que estão fazendo as multinacionais farmacêuticas e de produtos naturais, há anos, adestrando aos médicos para que repitam como triunfos que as isoflavonas da
soja liberarão as mulheres dos sintomas da menopausa. Exatamente o mesmo que levam anos repetindo para vender a terapia hormonal substitutiva ocultando que, comprovadamente, produz aumento do câncer e de outras graves enfermidades. Há estudos que não só mostram sua ineficiência, mas demonstram que as consumidoras de
soja padecem dos problemas de saúde mencionados anteriormente.
10- A
SOJA DIMINUI A OSTEOPOROSE MENOPÁUSICA.
Falso.
Há estudos que demonstram não ter encontrado nenhum efeito das isoflavonas de
soja sobre a massa óssea. Tampouco o mesmo estudo encontrou nenhuma diminuição das gorduras no soro, o que nos leva à mentira seguinte.
11- A
SOJA REDUZ O COLESTEROL E O RISCO DE ENFERMIDADES CARDIOVASCULARES.
Falso.
Alguns estudos afirmam que a
soja diminui o colesterol. Faz tempo que as medidas do alto colesterol foram desprezadas, inclusive na medicina ortodoxa, como indicadores de estados patológicos.
A diminuição do colesterol total não é benéfica para a saúde e está inclusive incriminada na aparição de enfermidades como a depressão e maiores taxas de suicídio. Além disso, a
soja contém hemaglutinina, (fita-aglutinina ou lecitina) substâncias que promovem a formação de coágulos sangüíneos responsáveis por acidentes vasculares no cérebro, trombose, etc. A
soja transgênica produz mais gordura no leite da vaca alimentada com
soja. Deste modo os produtos lácteos tirados de animais alimentados a base de
soja são ainda mais tóxicos.
12- AS FÓRMULAS INFANTIS A BASE DE
SOJA SÃO SEGURAS.
Adere-se a esta afirmação:
1. O nível de fitoestrógeno nas fórmulas infantis a base de
soja é baixo.
2. A maioria dos efeitos dos fitoestrógenos foi positiva.
3. O leite humano contém fitoestrógeno.
Falso.
É certo que o leite materno das mulheres que consomem produtos de
soja contém fitoestrógeno, mas das que não consomem não os contêm. E se vier a conter, estão mais de 1000 vezes abaixo dos níveis existentes nas fórmulas de
soja. Prestigiosas agências e associações de mantimentos infantis e dietéticos são culpadas de difundir as mentiras dos fabricantes de fórmulas de
soja. As fórmulas infantis com base na
soja são experimentos infantis de grande escala e sem controles. Devem considerá-los como um atentado criminal contra a saúde dos bebês em nome da nutrição infantil.
13- A
SOJA É UM PRODUTO NÃO POLUÍDO.
Falso.
A
soja está poluída por vários tóxicos bem identificados. Em primeiro lugar a
soja está poluída pelos produtos químicos que se vendem no mesmo pacote aos agricultores. A
soja tem as mais altas percentagens de contaminação por herbicidas tóxicos: Roundup (marca comercial do princípio ativo glifosato), glifosatos. Um exemplo significativo é que, na Argentina, para ocultar este fato, fez-se uma modificação na legislação das doses máximas plausíveis: De 0,1 partes por milhão até os anos 90, passou para 20 ppm como dose "aceitável" em meados de 90. Isto representa um aumento de 200 vezes o limite anterior; evidentemente é uma fraude científica por parte dos "peritos" e um atentado contra a saúde dos consumidores.
Em segundo lugar no isolado de proteína da
soja (SPI), o produto contamina-se com diversas substâncias perigosas (a lavagem com ácido em tanques de alumínio polui o produto final). O alumínio está relacionado com o crescente surgimento do Mal de Alzheimer e outras enfermidades neurológicas. Também está relacionado com enfermidades novas como a miofascitis de macrófagos e a fadiga crônica como se está conhecendo, por exemplo, na França com o escândalo do alumínio contido nas vacinas, (pelos solventes que deixam hexano, um derivado do petróleo) por nitritos (que se formam durante a secagem por aspersão). Os nitritos se convertem em nitrosaminas que são cancerígenos reconhecidos.
14- A
SOJA É UM PRODUTO NATURAL.
Falso.
Atualmente, a
soja em sua maioria é transgênica. Quer dizer, é comida criada por engenharia genética e denominada comida “frankenstein”. Calcula-se que hoje 99% da
soja são modificadas geneticamente nos USA, e mais de 95% é transgênica na Argentina. As companhias norte-americanas estão fazendo pressão em todo o mundo para impor seus cultivos. A
soja é um experimento cujas conseqüências não se conhecem. Porém, entretanto, advertências não faltam. Esta intervenção não deve confundir-se com instruções anteriores sobre a ordem natural dos organismos vivos; como por exemplo, a criação de animais ou o cultivo e desenvolvimento de plantas; ou as mutações artificialmente provocadas.
Todos estes procedimentos anteriores atuavam dentro de uma única espécie ou de espécies muito próximas. O centro da nova tecnologia é o transportar genes de um lado para outro, não unicamente entre uma mesma linha de espécie, mas sim, atravessando as fronteiras que agora dividem os organismos vivos.
Potencialmente, poderia criar novas enfermidades em animais e plantas, novas fontes de câncer, e novas epidemias” disse o Dr. George Wald, Professor Emérito de Harvard, Prêmio Nobel de Medicina. "Tenho a impressão de que a ciência tem transposto uma barreira que deveria ter permanecido intacta, não pode simplesmente eliminar uma nova forma de vida... Viverão mais que você e que seus filhos e os filhos de seus filhos. Um ataque irreversível sobre a biosfera é algo tão insólito, tão inconcebível pelas gerações anteriores, que só desejaria que a minha não fosse a culpada disso" disse Erwin Chargoff, considerado o pai da biologia molecular. Refere-se à modificação genética como o "Auschwitz molecular" e considera a modificação genética de plantas e animais como uma ameaça para a sobrevivência humana.
Entre as companhias multinacionais que promovem a
soja, nós encontramos em primeiro lugar a Monsanto, primeira a elaborar o lobby transgênico e fabricante da rbgh - hormônio de crescimento bovino. Monsanto não é a única multinacional implicada, também tem o Dupont-Pioneer (fabricante de proteínas de
soja). Estas companhias fabricam produtos químicos para a agricultura, sementes e produtos farmacêuticos. No ano 2.000 Monsanto vendeu 16.877 milhões de dólares. Dupont, no mesmo ano vendeu 6.068 milhões de dólares. Syngenta, 34.590 milhões de dólares. Estes gigantes multinacionais, cujo poder financeiro faz parte do autêntico poder que governa o mundo, não estão interessados em que se conheçam estas informações.
Alardeiam os benefícios da
soja não só para a saúde como também para a ecologia.
15- OS BENEFÍCIOS DA
SOJA ESTÃO APROVADOS PELA CIÊNCIA.
Falso.
Pelo contrário, é um exemplo da falsificação da ciência. Por exemplo: O programa de investigação sobre a
soja e a saúde dedicou 4 milhões de dólares em subvenção para examinar somente os benefícios da
soja sobre a saúde, excluindo os trabalhos que fossem em sentido contrário. Nele colaboraram os Institutos Nacionais da Saúde, NIH, os Conselhos Estatais sobre a
Soja, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, USDA; a indústria da
soja dirige as rédeas da investigação.
Congressos, trabalhos de investigação, másteres e publicações "científicas", são patrocinados pelas multinacionais da
soja e dos transgênicos, cujo poder financeiro permite-lhes controlar os meios de comunicação internacionais, lançando campanhas na mídia para promovê-la juntamente com os transgênicos e as maravilhas da biotecnologia, como no caso da revista "Super Interessante" de fevereiro de 2004. Mas o mais grave é que seu poder lhes permite, inclusive, definir o que é ciência e o que não o é. Assim acontecem com os másteres científicos, cursos de pós-graduação de comunicação e meio ambiente ou de comunicação e medicina como denuncia nosso amigo o biólogo Edwin Parra.
A segurança da
soja transgênica não está garantida. Já causaram acidentes reconhecidos. Por exemplo, a Administração de Mantimentos e Fármacos (FDA) ordenou destruir 17000 metros cúbicos de
soja, porque poderia ter se misturado com alguns grãos de milho modificado geneticamente para produzir uma substância não comestível, possivelmente uma vacina veterinária. Nos Estados Unidos, a
soja transgênica da Pioneer causou a morte de 27 pessoas e mais de 1.500 afetados. Os efeitos da
soja transgênica sobre a saúde são ocultos e transcendem os efeitos negativos sobre o indivíduo. Tem-se comprovado experimentalmente, que o DNA transgênico ingerido em mantimentos, pode-se recombinar no estômago e no intestino humano, transferindo às bactérias da flora intestinal propriedades das plantas transgênicas, como por exemplo, a resistência aos antibióticos. E sabemos que esta resistência pode transmitir-se não só às bactérias da mesma família (transmissão vertical) como também às famílias distintas (transmissão horizontal) e também a indivíduos distintos que não estavam originalmente expostos, criando um problema muito grave.
16- O CULTIVO DA
SOJA MELHORA A ECONOMIA DOS PAÍSES QUE A PRODUZEM.
Falso.
A promoção do cultivo da
soja não aumenta só a concentração de capital das empresas multinacionais que o fomentam. Não é só um assunto de benefícios a curto prazo, é também uma arma geoestratégica cujos efeitos são alarmantes. A monocultura imposta da
soja supõe um aumento da vulnerabilidade dos países que aceitaram as coações em substituir sua agricultura tradicional (destinada a alimentar a seu próprio povo) para serem produtores de
soja e, portanto, uma submissão à nova ordem internacional ditada pelo IMF, pela OMC e pelas multinacionais que os governam com seu poder financeiro. Sua imposição é uma arma silenciosa que promove uma concentração do capital cada vez em menos mãos. Segundo o censo agrário Argentino, "entre 1991 e 2001 desapareceram ao redor de 160.000 pequenos produtores e como conseqüência, 6.200 proprietários possuem 49.6% do total da terra e 17.000.000 de hectares se encontram já em mãos estrangeiras”. (INDEC - Censo Nacional Agropecuário 2001.) Referindo-se à Argentina, Jorge Rulli, do Grupo de Reflexão Rural (GRR) afirma: "Estamo-nos transformando em dependentes, viciados na
soja. Eu acredito que com isto a Argentina se antecipa à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), no sentido de que fomos arrolados como país na divisão internacional do trabalho nos marcos da globalização. Um rol de produtores se
soja... O atual modelo agropecuário, apoiado na produção de
soja GM, está-nos transformando em uma ‘republiqueta sojera’. A monocultura está destruindo a segurança alimentar e a vida rural, e nesse sentido é a sala de espera da fome". A
soja é uma arma contra a soberania alimentar de nações que eram amplamente autônomas do ponto de vista do auto-abastecimento alimentício como a Argentina, e que atualmente lhes obriga a importar mantimentos tais como leite, frangos, lentilhas, feijões, entre outros. O resultado é uma fome sem precedentes e a crescente dependência da ordem ditada pelas multinacionais e suas instituições. O exemplo argentino deveria servir para que outros povos do mundo entendessem quais serão "os benefícios" dos cultivos transgênicos, especialmente da
soja que Monsanto, Syngenta, Dupont e demais multinacionais, proprietárias do negócio biotecnológico, pretendem impor. Deveria tornar evidente o álibi de suprimir a fome e as chantagens de seus organismos financeiros como o Fundo Monetário Internacional e a Organização Internacional de Comércio. O cultivo da
soja transgênica fomenta a ditadura multinacional, a guerra contra os agricultores biológicos e contra a gente. Como se fosse pouco este sistema aberrante, fomenta uma ditadura transnacional de marcado caráter policial com poderes legais sobre a população que nem sequer sabe que existe e cujos direitos mais elementares foram desapropriados. Efetivamente, as multinacionais dos transgênicos têm conseguido criminalizar as vítimas de suas contaminações. Elas ganharam alguns julgamentos contra agricultores biológicos que tinham sido contaminados por seus produtos com a desculpa de não lhes haver pago seus royalties.
A extensão do cultivo da
soja é parte da arma alimentícia. Mais que isto, a generalização do cultivo de
soja transgênica poderia considerar-se como uma arma biológica que assassina silenciosamente uma parte da população. Pode parecer uma afirmação exagerada, mas não o é se considerarem que a
soja é uma arma para depauperar ainda mais aos pobres. É uma arma para aumentar a fome. E a fome produz SINA: Síndrome da Imunodeficiência Nutricional Adquirida, e morte. Esta síndrome não afeta só a geração que a padece.
Apesar de não ser infecciosa, há trabalhos que demonstram sua extensão às gerações seguintes embora estejam bem alimentadas, conforme a apresentação do Dr. Roberto Giraldo em sua intervenção sobre SINA e África durante as jornadas "Contra a censura na ciência" que organizamos em Barcelona. Para quem são os benefícios é evidente. Os benefícios são para as multinacionais que a produzem. Mas o que já não é tão evidente é que estas mesmas multinacionais matarão dois pássaros com um tiro: Obtêm fabulosos benefícios e limpam o terreno para seguir obtendo-os. O terreno é o importuno excedente de população, especialmente na África e América do Sul. Dizia cinicamente o embaixador dos EUA na Espanha: "sobra a metade da população". O que não disse é para quem sobravam. Mas está bem claro: Sobram para poderosos que são uma minoria cada vez mais reduzida de ricos brancos que acumulam a maioria dos recursos do planeta. Nos últimos anos se produziu um aumento crescente das desigualdades e da fome. A arma alimentícia é parte da estratégia dirigida pelos poderosos que necessitam menos gente no planeta. A forma mais evidente de consegui-la é a guerra, mas não é a única, embora sejam radiativas como as 3 últimas e sigam assassinando para sempre, depois de acabadas oficialmente. A arma alimentícia é outra de suas estratégias e a
soja transgênica é uma delas. Recordemos que, como explicamos anteriormente, além de promover a fome, a
soja tem efeitos de diminuir a fertilidade.
Referencias bibliográficas:
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soja". Sobre los antinutrientes presentes en la
soja y objeciones de los propios expertos de la FDA: A. Embid "Más argumentos en contra de la
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- ¿
Soja solidaria o apartheid alimentario? El negocio del hambre en Argentina. Benjamín Backwell y Pablo Stefanoni EcoPortal.
Link: Sistema Adventista de Notícias
http://www.san.org.br/NPViewArticle.asp?cmd=view&articleid=1740Soja, símbolo da destruição da natureza
Por Vandana Shiva (*)
Nova Délhi, setembro/2006 – Há cinqüenta anos nenhuma
cultura do mundo comia
soja, então, nos Estados Unidos
começou a ser colocada em 70% dos alimentos
industriais. Atualmente, está em 60% de todos os
alimentos processados. A promoção do uso alimentar da
soja é uma enorme experiência apoiada por US$ 13
bilhões em subsídios do governo norte-americano entre
1998 e 2004 e por USS% 80 milhões ao ano que aporta a
indústria desse país. Como resultado deste experimento
da natureza, a cultura e a saúde das pessoas estão
sendo destruídas. A humanidade se nutriu através de
sua evolução com mais de 80 mil plantas comestíveis, e
com cerca de três mil delas de forma constante.
Atualmente depende de apenas oito cultivos para
fornecerem 75% dos alimentos no mundo.
Em 1988, o óleo comestível autóctone da Índia, feito
com semente de mostarda, polpa de coco, linhaça e
amendoim, tudo isso processado a frio em moinhos
artesanais, foi proibido com a desculpa de proteger a
“segurança alimentar”. Simultaneamente, foram
levantadas as restrições para a importação de óleo de
soja, o que ameaçou os meios de vida de 10 milhões de
agricultores. Foram fechados um milhão de moinhos de
óleo. Mais de 20 agricultores perderam a vida quando
protestavam contra o dumping da
soja no mercado
indiano, que havia provocado uma baixa acentuada dos
preços do óleo e cultivos locais. E milhões de
toneladas de óleo de
soja geneticamente modificada
vendido a preços artificialmente baratos continuaram
inundando o mercado indiano.
As mesmas companhias responsáveis pelo dumping da
sojana Índia - Cargill e ADM- estão destruindo amplos
setores da região amazônica para plantar
soja. Milhões
de hectares de selva tropical estão sendo queimados
para receber esse cultivo destinado à exportação.
Enquanto as pessoas no Brasil e na Índia vêem com são
ameaçados seus meios de vida pelo fomento da
monocultura que beneficia as grandes agroempresas, as
pessoas nos Estados Unidos e na Europa também sofrem
indiretamente uma ameaça, pelo fato de 80% da
sojaserem destinados à alimentação do gado para obter
carne barata, o que destrói tanto a selva pluvial do
Amazonas quanto a saúde das pessoas nos países ricos.
A
soja tem um alto nível de isoflavonas e de
fitoestrógenos, o que produz desequilíbrios hormonais
nos seres humanos. As monoculturas afetam tanto os
subalimentados quanto os superalimentados.
Um bilhão de pessoas carecem de alimentos suficientes
porque as monoculturas industriais tiram seus meios de
vida na agricultura. Além disso, 1,7 bilhão sofrem de
obesidade e doenças vinculadas com a alimentação. Ao
depender de monoculturas, o sistema alimentar se torna
cada vez mais dependente dos combustíveis de origem
fóssil utilizados para os fertilizantes sintéticos, o
funcionamento de grandes maquinas e transporte a longa
distâncias. Ir além das monoculturas se converteu em
um imperativo para acertar o sistema alimentar
mundial. As pequenas propriedades produtoras com
diversidade biológica têm uma produtividade mais alta
e geram maior renda para os agricultores. E as dietas
com produtos de cultivos biodiversos proporcionam
melhor nutrição.
O controle das grandes corporações empresariais sobre
a agricultura mundial leva à monocultura. A liberdade
alimentar dos cidadãos depende da biodiversidade. A
liberdade humana e a liberdade de outras espécies se
reforçam mutuamente, e não ao contrario. Em nossos
tempos a
soja se converteu em um símbolo de uma
economia que destrói a natureza e as culturas
autóctonas.
Simboliza o afastamento da natureza e de
nossos próprios corpos. Simboliza cobiça e controle.
Através da
soja, as corporações globais como Monsanto,
Cargill e ADM se apoderam do controle das terras e da
biodiversidade. A Monsanto tem uma longa série de
patentes sobre a
soja modificada geneticamente.
Não estamos perdendo apenas o Amazonas, que pode
desaparecer em 2080 se continuarem os atuais níveis de
desmatamento, segundo o dr. Fphilip Fearnside, mas,
também estamos destruindo o clima do planeta. O
Amazonas é o pulmão e o coração da Terra. Além de
fazer baixar o nível de carbono na atmosfera, ajuda a
melhorar o clima e acrescentar umidade aos ventos
alísios. Na medida em que as florestas desaparecem se
reduz a umidade e aumentam as secas. Na seca de 2005
os níveis do rio Amazonas, que normalmente podem cair
entre 30 e 40 pés, baixaram 51 pés. Em um ponto do
rio, no Acre, seu leito podia ser cruzado a pé.
Ao “comer-se” o Amazonas para obter carne barata e
soja barata as corporações agrocomerciais, com a
Cargill, estão, de fato, “comendo” o planeta. Se
queremos evitar uma total catástrofe ecológica e
humana, precisamos abandonar o primitivo modelo
econômico de acúmulo, que destrói e consome para criar
“crescimento”. E somente as culturas autóctones podem
nos ensinar como viver de forma diferente, de modo que
as diversas espécies e as diversas culturas possam
florescer em nosso planeta. (IPS/Envolverde)
(*) Vandana Shiva, autora e militante internacional em
campanhas pela mulher e pelo meio ambiente, recebeu em
1993 o Right Livelihoof Award, prêmio alternativo ao
Nobel.
A Convergêcia da Soja
Até os idos dos anos 70, acreditem: a
soja era pouco conhecida no
Brasil. A introdução deste exótico feijão em nosso país pode ter
sido por volta do final do século XIX.
O que o marketing conseguiu fazer deste produto - a melhor coisa que a indústria alimentar jamais poderia ter produzido - é espetacular.
Fez um vegetal impróprio para a alimentação humana até meados do
século passado se tornar a síntese da comida saudável, sendo
adicionado a praticamente tudo que se come no mundo ocidental. Um
fenômeno, sem dúvida.
Antes da
soja ser a dominância absoluta da paisagem agrícola de
grande parte do solo produtivo do sul do Brasil, o produtor rural
poderia produzir quase tudo o que comia. Era muito simples, poderia
produzir alimentos que iriam do campo para a mesa ou para os
mercados das cidades próximas. Como se sabe a
soja não sai do campo para a mesa. Precisa ir para a indústria de transformação, produção alimentícia, rede de distribuidores intermediários e pontos de venda. O plantador fornece um poderoso insumo de uma gigantesca máquina mercantil, e só come seu produto após chegar ao
supermercado. Super vantajoso... para o setor secundário e
terciário, evidentemente.
Para validar esta formidável transformação ecológica foi criado um
dos maiores mitos da saúde aplicada à alimentação. Isto validou uma
corrupção no senso comum atual, que foi construída em cima de meias
verdades, pesquisas incompletas, sofismas históricos, coaptação de
um idealismo new age (naturalismo dogmático, purismo vegetariano
etc...) e milhões de dólares em propaganda.
Tudo começa quando se estuda a história da
soja do Oriente.
Era um dos cinco grãos sagrados, mas não para comer, mas sim para fixar nitrogênio no solo para favorecer o plantio dos grãos comestíveis.
Só se transformou em algo comestível a partir das descobertas das
técnicas de fermentação com sulfato de cálcio ou magnésio (por volta de 200 AC), quando surgiu o misso e o tofu, sempre comidos com proteínas animais, já que só assim este novo alimento seria seguro.
A proteína isolada de
soja jamais foi conhecida na tradicional
comida oriental pelo singelo fato de só ser possível sua existência
após as técnicas industriais do século XX no ocidente. Assim a
famosa carne de
soja é um brinde tecnológico que nunca foi a base
alimentar oriental. Alias no Japão e China a média do consumo de
soja não passa de duas colheres de chá por dia (consumida nos
complementos alimentares). O consumo majoritário da
soja só ocorria em monastérios de monges celibatários vegetarianos, visto que ela é um excelente supressor da libido.
Sally Fallon e Mary Enig, excepcionais estudiosas da área da
nutrição que chegaram a impressionantes resultados em pesquisas a
respeito das tradições alimentares, fizeram um incrível relato de
suas pesquisas sobre a
soja.
Alguns dados são assustadores:
a alimentação baseada em
soja para crianças afeta de modo dramático as taxas de hormônios femininos, na forma de fitoestrogênios, que chega a ser 22.000 vezes maiores que as normais (em meninos e meninas, sendo comparado a ingestão de cinco pílulas anticonceptivas por dia). Mães vegetarianas usuárias deste tipo de alimento afetam sua prole de modo similar ao terrível dietilbestrol dos anos 50.
O fitohormonio isoflavona está longe de ser saudável.
Os antinutrientes da
soja são perigosos em vários aspectos para ossos, tireóide, sistema cardio vascular, e sistema imuno-endócrino. E possivelmente seja um incrementador de vários tipos de câncer, (mama, entre outros).
A convergência da
soja está a serviço de um interesse óbvio para
qualquer observador da área econômica. Centralizar o máximo possível a indústria alimentar em único produto chave, e este produto ser de propriedade de poucos - haveria melhor negócio?
Atualmente a
soja transgênica é posse de duas empresas apenas. É tão poderosa esta engrenagem, que o governo brasileiro legalizou a produção obtida a partir de sementes vindas do comércio ilegal. (Imagine se pessoas comuns resolvessem se beneficiar de frutos de comércio ilegal?)
A busca pela saúde passa naturalmente pela questão alimentar, no
entanto não devemos esquecer uma máxima de economia básica: não há
negócio mais garantido do que vender alimentos, já que todos precisamos comer. Infelizmente estamos numa fase de tremendo
obscurantismo no conhecimento do que realmente é saudável para
comermos, visto que a confusão tem sido a estratégia assumida por
este setor produtivo.
Conhecer as tradições alimentares, principalmente pelos povos que
estavam verdadeiramente integrados aos seus ambientes ecológicos
pode ser o óbvio ponto de partida para não cairmos em verdadeiros
contos do vigário como aquela propaganda super mal intencionada dos óleos vegetais: "este produto não contém colesterol". Enquanto o
lucro for mais importante que a verdade, dificilmente a saúde será o comum no dia a dia em nossa sociedade.
(Dr José Carlos B Peixoto, médico)
(Based on the article: "Newest research on why you should avoid soy" by Sally Fallon & Mary Enig, from Nexus Magazine, vol 7 (April-May 2000), available on:
http://www.mercola.com/article/soy/avoid_soy.htm)Nem transgênica, nem natural
Apesar da forte mídia em favor do uso da
soja, podemos hoje em dia, usando novos conhecimentos e o velho, mas esquecido bom senso, dizer que não há porque se preocupar com a
soja transgênica, já que a
soja em si pode ser um grave equívoco quando pensamos em alimentação natural ou suplementos alimentares para melhorar a saúde.
Em outubro de 1999 o FDA (órgão fiscalizador dos medicamentos e alimentos nos EEUU) aprovou uma propaganda nos alimentos que tivessem baixa quantia de gordura saturada e colesterol. Era o que o maior conglomerado industrial americano precisava para dar os contornos necessários para a consolidação da
soja no mercado mundial. A fantasia popular é de poder ter um produto que represente saúde e boa alimentação. A necessidade da indústria, de todo o setor secundário que vive do agronegócio é ter um “commodity” em cujo entorno seja investido todo o conhecimento tecnológico possível (agrotóxicos, tecnologia de produção, aditivos para qualificar sabor, textura etc.)
A
soja é esta síntese.
Se apoiou numa estratégia de marketing super engenhosa que envolveu desde a medicina até grupos new age.
Alimentou ou alterou verdades. Foi sendo incrementada por décadas. O vilão mais óbvio foi o colesterol. O ingênuo útil foi o movimento vegetariano, o mais forte “apoiador” da concentração absoluta do poder de produção agrícola, e da plantação de transgênicos, em todo o mundo. O lado obscuro da “rainha” alimentar usou e abusou de naturalistas alimentares. Os naturalistas se esqueceram de se perguntar se alterar de forma tão “carnívora” a paisagem do Rio Grande do Sul, com uma praga não alimentar como a
soja seria uma atitude ecológica. Eles também se esqueceram de perguntar como viviam os verdadeiros homens naturais das Américas antes da invasão e destruição que os europeus introduziram de norte a sul no novo continente.
Os naturalistas new age, numa lógica higienista e purificadora típica da Santa Inquisição, também não se perguntaram como poderiam aproveitar os mais de 4000 vegetais nativos que poderiam de forma harmoniosa dar alimento e equilíbrio ecológico ao Brasil. Apoiaram ingenuamente a destruição maciça do natureza local. Estes mesmos naturalistas alimentares também deixaram de entender a inata biologia humana, e devem supor que os esquimós (que praticamente não comem vegetais e têm ótima saúde cardíaca) são um equívoco de Deus e não deveriam existir. Ou que os “malsais” (povo africano com os melhores perfis de colesterol do planeta), que só se alimentam daquilo que o pobre natureza local lhe oferece (carne e leite gordo de um bovino local), jamais deveriam ter a concessão da vida. Devem, no entanto, entender que a Monsanto e seus aliados produzem
soja para o seu bem estar e para a salvação de suas frágeis saúdes. Equívocos em todas as frentes.
A medicina tem sido uma outra força de apoio importante. Hoje em dia, qualquer produto alimentar quer ter o status de medicamento. Isto possivelmente se baseia na idéia obscura de que o ser humano é vítima fácil de alvos maléficos externos. Como não seria possível se livrar desses ofensores, nós seríamos protegidos pelos alimentos. Hoje em dia se procura comida que combata ao câncer e a velhice. O homem não cogita em mudar a si mesmo e o seu jeito pervertido de manejar o meio ambiente. Não quer saber se não seria ele próprio a causa de suas doenças. Numa lógica paranóica, busca protetores que possam ser ingeridos. Naturalmente estes produtos tem que ser comprados. Rendendo muito a quem produz e vende.
Na contra-mão do FDA americano, o DOH da Inglaterra (Departamento de saúde) através do seu comunicado a todos os médicos do Reino Unido (CMO’s Update 37, de Janeiro de 2004) adverte que não se deva utilizar alimentos infantis baseado em fórmulas com
soja (o famigerado leite de
soja) como escolha para aquelas crianças que tenham qualquer dificuldade com a ingestão de leite de vaca (alergia, intolerância etc.), e muito menos para crianças saudáveis, tendo em vista que a alta concentração de fitoestrogênios que tais fórmulas contém pode ser perigosa a longo prazo para a saúde reprodutiva destas crianças.
Existem outros estudos que falam de outros potenciais problemas, mas este parece ser o primeiro a ser reconhecido por um órgão oficial dos países aliados à
soja. Um castelo de areia – a santidade da
soja - está começando a desmoronar. Não seria um problema, se isto não significasse o quanto a saúde de muita gente já pode te sido danificada nas últimas décadas às custas da ganância do homem, que há séculos destrói muito mais do que ele acha que construiu, lastreada em uma ciência subserviente, totalmente ancorada às demandas do consumismo.
(Para mais informação consulte:
www.sacn.gov.uk ou www.foodstandards.gov.uk)
(José Carlos B Peixoto, médico, 050604)
Vi na wikipedia que há um estudo mostrando a correlação do consumo do tofu com atrofia cerebral.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?cmd=Retrieve&db=PubMed&list_uids=10763906&dopt=Abstracthttp://en.wikipedia.org/wiki/Tofu#Protein
Você sabia...
... que ao comer transgênicos, você está ingerindo até 50 vezes mais agrotóxicos? Quando a
soja transgênica foi autorizada, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aumentou o limite de resíduos de agrotóxicos da
soja transgênica em 50 vezes, comparado com a
soja convencional.
FONTE: Greenpeace
QUEM É A BUNGE?
A Bunge atua no Brasil há cem anos, no setor de agribusiness e alimentos. Com diversas marcas e subsidiárias, a empresa produz fertilizantes, processa e comercializa diversos tipos de grãos - entre eles a
SOJA - fornece matéria-prima para indústrias de alimentos e oferece produtos para o consumidor que vai ao supermercado.
Dona de marcas como Salada, Soya, Delícia, Primor e All Day, a Bunge é, atualmente, líder de vendas no setor de óleos de
soja e margarinas, e umas das principais no setor de maioneses. Em 2004, de cada 100 toneladas de
soja esmagadas no Brasil, 25 toneladas foram esmagadas pela Bunge.
O faturamento da empresa em 2004 foi superior a US$ 25 bilhões, o que corresponde a 205,8 milhões de salário mínimos, ou a 3,1 milhões de carros 1.0 / 0 Km. A empresa possui mais de 25 mil funcionários, espalhados em 73 unidades (fábricas, portos e centros de distribuição) e 226 silos de grãos.
Todos esses dados comprovam a relevância da empresa para o setor da
soja e para o mercado de alimentos no Brasil. No entanto, será que essa relevância se reflete em respeito ao consumidor e ao meio ambiente? Você saberia dizer, por exemplo, qual é a posição da empresa sobre os transgênicos?
A BUNGE, A
SOJA E O MEIO AMBIENTE
Até hoje, a empresa nunca declarou não utilizar transgênicos na fabricação de seus produtos. Pelo contrário, já afirmou mais de uma vez que pode estar utilizando
soja transgênica nos produtos em que não é possível detectar o DNA geneticamente modificado sem informar isso ao consumidor. Em sua última carta ao Greenpeace, a Bunge admitiu que nem todos os seus fornecedores garantem produtos livres de transgênicos.
A empresa também adota políticas diferenciadas para o mercado interno e o mercado externo. Sabemos que, para a Europa, a empresa é capaz de garantir fornecimento de
soja livre de transgênicos. No entanto, quando se trata dos consumidores brasileiros, utiliza a
soja transgênica para fabricar seus óleos, margarinas e maioneses, que vão parar todos os dias em nossas mesas.
Esse duplo padrão da empresa mostra o quanto ela vem desrespeitando os consumidores, em especial os brasileiros.
CRONOLOGIA
Setembro/2003: o Greenpeace denunciou uma ração para frangos fabricada pela Bunge, que continha 4,5% de
soja transgênica em sua composição. Apesar de já estarem liberados para comercialização, os produtos contendo transgênicos deveriam estar devidamente rotulados - o que não era o caso desta ração. A empresa não respondeu à carta enviada pelo Greenpeace e a ração continuo sendo comercializada sem o rótulo apropriado.
Março/2004: durante a elaboração da 4a edição do Guia do Consumidor, o Greenpeace questionou a Bunge sobre sua política com relação aos transgênicos. Em sua resposta, a empresa afirmou que nem todos os seus fornecedores garantem matéria-prima livre de transgênicos. A empresa também não garantiu que os seus óleos, margarinas e maioneses (produtos que não podem ser testados em laboratórios) foram feitos com
soja livre de transgênica. Por último, a empresa admite que só faz a certificação - isto é, o controle da cadeia de produção desde o campo até o produto final - em situações específicas.
Abril/2004: o Greenpeace denunciou um carregamento de
soja transgênica argentina que seria completado com
soja não-transgênica no Porto de Paranaguá (PR). O navio Global Wind, que por duas vezes foi impedido de carregar, estava contratado pela Bunge. O procedimento contaminaria a
soja pura brasileira e desperdiçaria todos os esforços do governo paranaense e da administração do porto para manter a
soja livre de transgênicos. Por causa dessa ação, o Greenpeace está, atualmente, sendo processado pela Bunge.
Maio/2004: durante uma ação, o Greenpeace questionou a Bunge sobre a utilização de
soja transgênica para fabricação dos óleos Soya e Primor, na unidade de Passo Fundo (RS), coração da contaminação transgênica no País. Diretores da Bunge, admitiram que, de fato, a
soja transgênica do Rio Grande do Sul poderia estar sendo utilizada para fabricação destes óleos.
Mais uma vez, a empresa não estava realizando qualquer controle para evitar a contaminação, e os produtos daquela unidade não estavam sendo devidamente rotulados.
Maio/2005: durante visita à região de Sorriso, no Mato Grosso, produtores de
soja afirmaram que a única unidade que estava recebendo
soja transgênica naquela região era a da empresa Bunge. Se a
soja transgênica está entrando nessa unidade, por que não está saindo rotulada?
06/10/2006
Óleos Soya e Liza transgênicos: um ano de descaso
Denúncia feita pelo Greenpeace em outubro de 2005 completa primeiro aniversário sem que nada tenha sido feito para informar os consumidoresHá exatamente um ano, cerca de 20 ativistas do Greenpeace foram à Brasília para entregar ao governo um dossiê que comprova a utilização de
soja transgênica na fabricação dos óleos Soya e Liza. Os ativistas desceram a rampa do Congresso Nacional empurrando 20 carrinhos de supermercado cheios de latas de óleo da Bunge e da Cargill, e se posicionaram próximos à entrada da Câmara dos Deputados enquanto a denúncia era entregue aos parlamentares.
Um ano depois da denúncia, o Greenpeace faz uma triste constatação: absolutamente nada foi feito. Apesar de todas as evidências e de diversos atores governamentais e corporativos terem reconhecido que a
soja transgênica estava sendo usada para fabricar os óleos Soya e Liza, nenhuma medida foi adotada para garantir o direito à informação do consumidor brasileiro.
Na época, o dossiê de denúncia foi entregue em mãos aos deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e João Alfredo (PSOL-CE), da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, reivindicando o cumprimento do decreto que determina a rotulagem dos produtos fabricados com matéria-prima transgênica. O material do dossiê trazia amostras de
soja, documentos e um vídeo com declarações de caminhoneiros e imagens da realização de testes.
A Câmara realizou então, numa parceria entre as Comissões de Meio Ambiente e de Defesa do Consumidor, uma Audiência Pública da qual participaram representantes do IDEC, Ministério Público Federal, Ministérios do Meio Ambiente, Saúde e Justiça e ainda um representante da ABIA (Ass. Brasileira da Indústria da Alimentação) e outro da ABIOVE (Ass. Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais). O Ministério da Agricultura também foi convidado, mas não compareceu, o que o Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, deputado Fleury Filho (PTB-SP) classificou como um “insulto à casa”.
Depois da Audiência, o assunto foi esquecido: nem o governo e nem as empresas tomaram qualquer atitude para cumprir o Decreto de Rotulagem 4.680/03 e garantir aos brasileiros o direito de saber o que estão comendo.
“É uma verdadeira vergonha que tenha se passado um ano sem que nada tenha sido feito. Isso demonstra o total descaso com o consumidor. Nenhum dos responsáveis está interessado em cumprir a lei, e quem acaba lesado é o cidadão comum”, disse Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace Brasil.
De acordo com o decreto, em vigor desde abril de 2004, todos os produtos fabricados com mais de 1% de organismos geneticamente modificados devem trazer essa informação no rótulo. Isso vale mesmo para produtos como o óleo, a maionese e a margarina, em que não é possível detectar o DNA transgênico.
“O mais preocupante é o fato das indústrias agora tentarem empurrar a liberação de outras variedades transgênicas. Se o direito à informação já está sendo violado com a
soja transgênica autorizada, o que os consumidores podem esperar se a CTNBio aprovar o milho e o arroz, por exemplo?”, questionou Gabriela.
Atualmente, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) está avaliando cinco pedidos de liberação para plantio e comercialização de milho transgênico e um de arroz transgênico. Se esses pedidos forem aprovados, essas variedades poderão ser comercializadas normalmente, mas também precisam ser rotuladas conforme determina o decreto.
“É fundamental que os brasileiros sejam informados sobre o que estão comprando para poderem exercer o seu direito de escolha. Isso está garantido pelo Código de Defesa do Consumidor e precisa ser respeitado”, declarou Gabriela. “Até hoje não existe nenhum produto rotulado nos supermercados. Enquanto essa situação não for regularizada, o governo não deve autorizar o plantio e a comercialização de outras variedades. Seria irresponsável”, concluiu.
Dossiê
Na época, o dossiê de denúncia foi entregue aos ministérios da Justiça, da Agricultura, da Saúde e do Meio Ambiente, à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado, ao Ministério Público Federal e às Comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Agricultura da Câmara dos Deputados. A Associação Nacional de PROCONs também recebeu uma cópia do dossiê.
As evidências entregues ao governo comprovam a utilização da
soja transgênica pela Bunge e pela Cargill na fabricação de diversos produtos, como os óleos Soya, Liza, Primor e Olívia, e a falta de rotulagem dos produtos oferecidos ao consumidor.
Testes
Em julho de 2005, o Greenpeace coletou amostras de
soja de diversos caminhões e realizou testes de fita Trait/SDI, que detectam transgênicos. O resultado foi positivo em todas as fábricas investigadas, com exceção da unidade da Bunge em Campo Grande/MS, que fabrica produtos para exportação e é certificada pela empresa SGS. As demais amostras, que apontaram a presença de transgênicos, foram coletadas nas fábricas de processamento de
soja da Bunge m Ourinhos/SP e Dourados/MS, e na fábrica da Cargil em Três Lagoas/MS.
QUEM É A CARGILL?
A Cargill, fundada em 1865, é uma empresa internacional de fornecimento de alimentos, produtos agrícolas e de gerenciamento de risco. Com 124 mil funcionários em 59 países, a Cargill tem sede em Minneapolis (Minnesota - EUA). Seu faturamento global no ano fiscal 04/05 é de US$ 71,1 bilhões.
Presente no Brasil há 40 anos, a Cargill está diretamente ligada ao segmento do agronegócio, e é também uma das maiores indústrias de alimentos do país. Sua matriz é em São Paulo (SP), possui fábricas e escritórios em mais de 170 cidades e cerca de 22.500 funcionários. A Cargill registrou no Brasil, no ano de 2004, um faturamento de R$ 12,9 bilhões.
Atualmente a Cargill comercializa em todo o país linhas de produtos voltadas ao consumidor final. São eles: óleos e molhos para salada Liza, óleos Mazola, óleos e molhos para salada Purilev, azeites de oliva Gallo, óleos compostos Olívia, azeites de oliva La Española e maionese Gourmet.
A CARGILL, A SOJA E O MEIO AMBIENTEA política da empresa com relação ao uso de transgênicos é clara. Em seu website internacional, a empresa afirma que “irá aceitar variedades modificadas geneticamente na maioria de seus elevadores de grãos, fábricas de processamento de oleaginosas e moageiras”. Além disso, a empresa se mostra disposta a auxiliar os agricultores que estiverem plantando variedades que ainda não estejam autorizadas nos EUA e UE. Por fim, a empresa se declara bastante favorável à tecnologia: “O maior objetivo da Cargill é elevar os padrões de vida por meio da criação de valores distintos para as pessoas que servimos – e a biotecnologia agrícola é uma poderasa ferramenta para atingir essa visão (...). As variedades geneticamente melhoradas oferecem muitos benefícios para os agricultures, o meio ambiente e os consumidores.” (Fonte:
http://www.cargill.com/news/issues/biotechposition.htm)No Brasil, a Cargill nunca respondeu aos questionamentos do Greenpeace com relação ao uso de transgênicos na fabricação de seus produtos para consumidor final. No entanto, em diversas ocasiões, a empresa já esteve relacionada à comercialização de
soja transgênica.
Em novembro de 2003, a empresa desrespeitou a determinação do Porto de Paranaguá de mover a
soja transgênica estocada em seus silos periféricos para os armazéns centrais da autoridade portuária. Como conseqüência, a administração do porto decidiu restringir as movimentações de carga da empresa, que ficou proibida de exportar grãos por um período.
Em 2004, um teste de transgenia realizado no mesmo porto apontou que a
soja armazenada no terminal da Cargill era transgênica. Na ocasião, o diretor do complexo
soja da empresa, afirmou que 5 milhões de toneladas já tinham sido exportadas sem testes de transgenia, e não se poderia mudar as regras no meio.
Você sabia...
... que não é possível detectar o DNA transgênico em óleos, margarinas, maioneses e gorduras vegetais? Isso porque o processo de fabricação desses produtos destrói o DNA e torna impossível o teste em laboratório que detecta se aquele produto foi feito com soja transgênica.FONTE: Greenpeace
Então...
a
SOJA, além de ser um alimento prejudicial à saúde, principalmente se consumido de forma exagerada (p. ex., pelos vegetarianos e veganos, que insistem em usá-la para "substituir" a carne animal), tonou-se duplamente perigosa, pela transgenia.
Dificilmente encontra-se agora,
soja não-transgênica, no mercado.
Somente alguns pequenos produtores ainda plantam a
soja convencional, os demais foram totalmente seduzidos pelas artimanhas da Monsanto.
Se vc tiver plena confiança no seu fornecedor, use missô e shoyu, produtos feitos com
soja fermentada. Ocasionalmente, algum tofu. Caso contrário...
Excesso de soja faz mal a alunos,
denunciam cantineiras
13/12/2006
JORNAL DE UBERABA
A merenda escolar volta a ser motivo de reclamação e questionamento de cantineiras. Desta vez, algumas cantineiras procuraram a redação e afirmaram que a merenda está fazendo mal a algumas crianças. "A Nutriminas está colocando muita soja no cardápio e, assim que as crianças comem, ficam com mal-estar, dor de cabeça, dor de barriga e vômito. Eles servem uma comida balanceada, com muita salada, mas os meninos não gostam, principalmente porque é servida muita soja e pouca carne. Por exemplo, eles colocam 4 quilos de carne e dobra a quantidade em proteína texturizada de soja e esta comida não está sendo muito bem aceita", afirmam.
http://www.jornaldeuberaba.com.br/?MENU=CadernoA&SUBMENU=Cidade&CODIGO=10773
Estudo diz q a soja empurra o boi para a floresta
A aceleração do desmatamento da floresta amazônica é grave, não apenas por comprometer a diversidade ambiental do Brasil, mas também por contribuir para o aquecimento global. A derrubada de florestas impede o seqüestro de gás carbônico pelas árvores, causando efeito estufa. É preciso buscar um equilíbrio entre as atividades agropecuárias e a proteção do meio ambiente.
A pecuária vai na frente, e a
soja vem logo atrás. É assim que vêm sendo devoradas, nos últimos anos, grandes faixas da floresta amazônica, principalmente na região onde estão situados os Estados de Mato Grosso e Rondônia.
Foi isso que constatou um estudo divulgado pelo Fórum Brasileiro das ONGs, que mostrou que, na Amazônia, a expansão do cultivo de
soja está empurrando a pecuária para as áreas da floresta, especialmente nos dois Estados localizados na borda Sul da região.
O estudo das organizações não-governamentais também demonstrou que o tempo de conversão de uma área de floresta para pastagem ou lavoura está encurtando para dois a três anos, em comparação aos cinco a seis anos apontados por estudos anteriores.
Além disso, há ainda uma correlação entre os grandes desmatamentos ilegais e a expansão da agricultura em Mato Grosso, onde 70% dos desmatamentos com mais de 1.350 hectares são usados para agricultura, sendo a
soja a principal cultura plantada.
Para esclarecer a relação da
soja com a pecuária, que é o grande motor do desmatamento, o estudo fez um cruzamento de dados de diversas fontes, como Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os dados indicam que, em municípios produtores de
soja em Mato Grosso, especialmente na região central do Estado, o rebanho bovino diminuiu, entre 2000 e 2003, à medida que o plantio de
soja se expandia. Na outra ponta, os municípios que mais tiveram crescimento de rebanho foram justamente os do norte do Estado, na fronteira com o Pará, dentro da floresta amazônica, além dos do Pantanal.
Segundo Roberto Smeraldi, um dos coordenadores do estudo pela organização não-governamental Amigos da Terra, trata-se de um fenômeno generalizado que ocorreu tanto na BR-163 (rodovia Cuiabá-Santarém), quanto na Chapada dos Parecis. Para Smeraldi, essa redução no rebanho em zonas de
soja “vai na contramão da tendência nacional” de aumento no rebanho bovino.
O estudo assinala que de 2002 a 2003, o número de cabeças de gado no país cresceu 5,5%. Somente na região Norte, no entanto, o aumento foi de 11,5%. O fato da valorização das terras pela sojicultura, que é atividade altamente mecanizada e capitalizada, faz com que os pecuaristas abandonem os municípios de fronteira consolidada e adquiram novas terras.
O estudo assinala que, diante da valorização, o pecuarista vende a sua área, se capitaliza e vai para outra região. As áreas já abertas para pastagem viram plantações. E as áreas de floresta viram pastos, já que o capim, diferentemente da
soja, se dá bem mesmo em regiões acidentadas e com muita chuva.
Segundo o ambientalista Roberto Smeraldi, “a
soja em si não pode ser considerada o fator principal, pois ela é um direcionador e acelerador do desmatamento”. O estudo também aponta cenários para a expansão da
soja na região estudada (Rondônia, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão), que deverá quase triplicar até 2014, passando de 58,2 mil quilômetros quadrados plantados hoje para 170,7 mil quilômetros quadrados.
Na última década, a área de
soja no país cresceu 400%. O plantio começou pelo cerrado e migrou nesses dez anos cerca de 500 quilômetros para o norte. No mesmo período, diz o estudo, a área desmatada no Mato Grosso aumentou progressivamente. Entre 2002 e 2003, ela cresceu 133%, segundo dados da Fema, o órgão ambiental estadual.
28 de Março de 2005
Fonte: Jornal Página 20 - AC
Crise: cientistas contra a indústria da soja
por Jane Phillimore
Doze anos atrás, visitei um terapeuta alternativo com alguns sintomas de saúde pouco específicos. Quase nem tinha sentado ainda quando ele disse que minha dieta precisava de uma atenção especial - eu tinha que cortar todo laticínio, trigo, álcool e cafeína, e substituir as proteínas por leite de
soja e tofu. Hoje em dia esse tipo de conselho é rotina, mas naquela época me pareceu glamourosamente radical: tive que procurar uma loja natural para comprar um estoque de leite de
soja, porque a disponibilidade era mínima no mercado comum e as salsichas de
soja eram apenas um brilho no olhar de Linda McCartney.
Na ocasião perdi um bocado de peso e me senti muito rejuvenescida. Tanto que, quatro meses depois, comecei a comer normalmente de novo. Até porque, como foi reconhecido agora, a
soja, longe de ter as propriedades mágicas de saúde que a brigada da medicina alternativa proclama sem cessar, pode na verdade ser ruim para nós. Sua reputação de agir contra o câncer, baixar o colesterol e combater a osteoporose é baseada em má ciência e marketing superlativo da poderosa indústria da
soja.
No mundo inteiro as evidências são contra a soja.No Reino Unido os estudos são amplos e já confirmaram, por exemplo, que a fórmula infantil de
soja (único alimento de 6.500 bebês atualmente) tem um efeito estrogênico em ratos.
A
soja contém altas quantidades de várias toxinas químicas que não podem ser completamente destruídas nem por um longo cozimento. São:
fitatos, que bloqueiam a absorção de minerais pelo corpo
inibidores de enzimas, que atrapalham ou impossibilitam a digestão de proteínas, e
hemaglutinas, que fazem as células vermelhas do sangue se aglutinarem, inibindo a absorção de oxigênio e o crescimento.
Pior do que isso, a
soja contém altos níveis dos fitoestrógenos (também conhecidos como isoflavonas) genisteína e daidzeína, que emulam e às vezes bloqueiam o hormônio estrógeno.
O lobby da
soja argumenta que os japoneses comem grandes quantidades de
soja e, como resultado, têm baixos índices de câncer de seio, útero, cólon e próstata.
Este é o grande mito sobre o qual se constrói a idéia de que
soja é saudável. Em primeiro lugar, os japoneses não consomem tanta
soja; um estudo de 1998 mostrou que um homem japonês típico ingere cerca de 8 g (2 colheres de sopa) por dia, nada semelhante aos 220 g que um ocidental consumiria comendo um pedação de tofu e dois copos de leite de
soja.
Em segundo lugar, embora os japoneses tenham índices menores de câncer no
aparelho reprodutor, pensa-se que isso se deve a outros fatores dietéticos e de estilo de vida: eles comem menos carnes gordurosas, mais peixe e vegetais e menos comidas processadas e enlatadas do que numa dieta ocidental típica.
Finalmente, os asiáticos têm níveis muitos mais altos de câncer na tiróide e no aparelho digestivo, incluindo câncer de estômago, pâncreas, fígado e esôfago.
Sou vegetariano e consumo tofu e leite de soja aos montes. Devo parar?
A soja se tornou a carne e o leite dos vegetarianos, a maior fonte de proteína de sua dieta. Mas comer soja na verdade coloca os vegetarianos em sério risco de deficiências minerais, incluindo cálcio, cobre, ferro, magnésio e especialmente zinco. Segundo o dr. Mike Fitzpatrick, bioquímico da Nova Zelândia que mantém um website de informações sobre a soja (http://www.soyonlineservice.co.nz), isso ocorre porque a soja contém altos níveis de ácido fítico, que bloqueia a absorção de minerais essenciais no trato digestivo. Para reduzir os efeitos de uma dieta rica em fitato você precisaria comer, como os japoneses, bastante carne ou peixe com pedacinhos de soja.
Tenho intolerância ao leite de vaca - deveria mudar para o leite de soja?A
soja se tornou a opção da moda para pessoas que "não toleram" laticínios. É pouco sabido que a
soja é o segundo alergênico mais comum.
Apenas 1 por cento da população é verdadeiramente alérgica ao leite de vaca, e destes, 2/3 serão intolerantes também ao leite de
soja. Além do mais, o leite de
soja é rico em alumínio. Isto porque sua proteína passa por processos de acidificação em tanques de alumínio para ser isolada. Não admira que o gosto seja ruim.
A soja pode afetar a tiróide?Já se sabe há anos que os fitoestrógenos da
soja deprimem a função da tiróide. No Japão, pesquisa de 1991 mostrou que 30 g de
soja por dia resultam num grande aumento de hormônio estimulante da tiróide. Isso pode causar bócio, hipotiroidismo e doença autoimune da tiróide (síndrome de Hashimoto).
Estou grávida. Devo evitar a soja?Provavelmente, e especialmente se você for vegetariana. Um novo estudo sobre bebês nascidos de mães vegetarianas mostrou que os meninos têm um risco cinco vezes maior de hypospadia, um defeito congênito do pênis. Os pesquisadores sugerem que isso se deve à maior exposição a comidas ricas em fitoestrógenos, especialmente
soja. Níveis impróprios de hormônios como os causados por um alto consumo de
soja durante as 12 primeiras semanas de gravidez também pode prejudicar o desenvolvimento cerebral do feto.
Mas certamente posso alimentar meu bebê com fórmula à base de soja, não? Deve ser seguro: está disponível em todos os supermercados e farmácias."Bebês alimentados com
soja estão servindo de cobaias numa experiência enorme, sem controle ou monitoração", disse Daniel Sheehan, diretor do Centro Nacional de pesquisa Toxicológica do FDA (USA), em 1998. A única comida de um recém-nascido é o leite que ele toma: um bebê alimentado com leite de
soja recebe estrogênio equivalente a cinco pílulas anticoncepcionais por dia, segundo Mike Fitzpatrick. Os níveis de isoflavona desses bebês sào 13.000 a 22.000 vezes mais altos que nos bebês não alimentados com
soja.
Como resultado dessa sobrecarga de fitoestrógenos, bebês alimentados com
soja têm risco dobrado de desenvolver anomalias da tiróide, incluindo bócio e tireoidite autoimune. Os meninos podem ter o amadurecimento físico retardado, e as meninas podem entrar na puberdade muito cedo (1% das meninas atualmente mostram sinais de puberdade, como desenvolvimento dos seios e pelos púbicos, antes dos três anos de idade), além de infertilidade. Os pesquisadores também sugerem que diabetes, mudanças no sistema nervoso central, comportamento emocional oscilante, asma, problemas imunológicos, insuficiência pituitária e síndrome do cólon irritável podem ser causados pelo alto consumo de fitoestrógenos na infância. No ano passado, componentes da
soja também foram implicados no desenvolvimento da leucemia infantil.
A soja pode ajudar no câncer de próstata?Há pessoas que acreditam nisso. Michael Milken consome 40 g de proteína de
soja todos os dias com essa esperança. A ciência é menos conclusiva - um estudo recente sobre nipo-americanos vivendo no Hawaii mostra que homens que comeram duas ou mais porções de tofu por semana durante a meia idade não só tiveram envelhecimento cerebral acelerado, e mais do dobro de incidência de Alzheimer e demência, como também pareciam cinco anos mais velhos do que os que não comiam.
Minha mãe morreu de câncer no seio e eu fui aconselhada tanto pela medicina convencional quanto pela alternativa a aumentar minha ingestão de soja para me proteger da doença. Isso acontece?A evidência é altamente inconclusiva. Em "The Brest Cancer Protection Diet", publicado no ano passado, o dr Bob Arnot afirma que comer entre 35 g e 60 g de proteína de
soja diariamente protege contra o câncer do seio porque aumenta a presença de genisteína, que é um bloqueador do estrogênio. Mas isto ignora a evidência contrária: em 1966, pesquisas mostraram que mulheres que comiam
soja tiveram aumentada a incidência de hiperplasia epitelial, uma condição que pressagia a malignidade.
Em 1997, a genisteína na dieta mostrou estimular as células do seio humano a entrar no ciclo das células cancerosas. Em resultado, os pesquisadores aconselharam as mulheres a não comer produtos da
soja para evitar o câncer de seio.
Mas a soja previne a osteoporose, fragilidade óssea que afeta particularmente as mulheres após a menopausa?Não. Na verdade, a
soja bloqueia o cálcio e causa deficiência em vitamina D - e ambos são necessários para ossos fortes, dizem as nutricionistas e especialistas em
soja Sally Fallon e Mary G Enig.
Existe algum tipo de produto de soja que eu possa comer em segurança?Sim. Produtos fermentados da
soja, como molho de
soja, tempê e missô. O longo processo de fermentação neutraliza os efeitos das toxinas naturais da
soja.
É possível evitar a soja?
É difícil. Você pode parar de ingerir produtos óbvios como tofu e leite de soja, mas ela também pode ser encontrada em cereais matinais, sorvete, hambúrgueres, lasanha e toda sorte de coisinhas assadas como bolos, biscoitos, tortillas, pão. Leia os rótulos cuidadosamente e coma comidas orgânicas sempre que for possível.
Por último: o lobby pró-soja sempre diz que, nos Estados Unidos, um quarto da população foi alimentado com fórmula infantil de soja durante 30 a 40 anos, sem problemas adversos de saúde. Então, por que eu deveria me preocupar?
Os cientistas estão apenas começando a pesquisar e entender os efeitos nocivos a longo prazo que podem ser causados pelo consumo de grandes quantidades de soja. Como escrevem Fallon e Enig: "A indústria soube por muitos anos que a soja contém muitas toxinas. Primeiro disse ao público que as toxinas eram removidas pelo processamento. Depois alegaram que essas substâncias eram benéficas." Parece que há uma grande batalha pela frente.
O original deste artigo foi republicado por www.mercola.com, site do médico Joseph Mercola, que faz o seguinte comentário:
"Um excelente relatório ilustrando os perigos e equívocos mais comuns quanto à
soja.
Um ponto do artigo com o qual não concordo, entretanto, é a afirmação de que somente 1% da população é alérgica a leite de vaca. Embora isso possa ser verdade através dos meios convencionais de diagnose,
uma grande maioria da população tem algum grau de alergia ou sensibilidade ao leite de vaca, e ficaria melhor se o evitasse completamente. Seria melhor evitar tanto o leite de vaca quanto o "leite" de soja e beber somente água."
Fórmulas infantis à base de soja: outra verdade